Ferro na Gestação – Por que é importante tomar já no primeiro trimestre?
A deficiência de ferro é comum em mulheres durante a gravidez, especialmente no segundo e terceiro trimestre. E por esse motivo é importante repor o ferro já no primeiro trimestre, como prevenção. Num estudo entitulado “Dietary Iron Intake in Pregnant Women in Europe: a review of 24 studies from 14 countries in the period 1991-2014”, onde foram analisadas 24 pesquisas realizadas em 14 países europeus, observou – se que 60 até 100% das mulheres grávidas tinham uma ingestão dietética de ferro abaixo das recomendações.
O ferro é essencial para a formação adequada de hemoglobina, a proteína que transporta o oxigênio para as células do corpo. Também é muito importante para a síntese de DNA, é um cofator importante para enzimas da cadeia respiratória mitocondrial e na fixação do nitrogênio e para o desenvolvimento placentário. Durante a gravidez, a necessidade de ferro aumenta, pois o corpo da mãe precisa produzir mais sangue para suportar o crescimento do feto.
Estudos em animais evidenciam que anemia por deficiência de ferro pode gerar inflamação e estresse oxidativo na placenta. Em humanos, um baixo status de ferro no início da gestação está inversamente associado com o peso placentário. A deficiência de ferro na gestação pode causar os seguintes impactos na placenta: diminuição da oxigenação, redução da capacidade antioxidante e estresse oxidativo aumentado, processo inflamatório na placenta numa fase muito precoce (se a deficiência acontecer no primeiro trimestre), alteração na morfologia da placenta, modificação vascular e da densidade capilar, infarto placentário, desenvolvimento anormal da placenta e necrose fibróide da placenta.
Algumas das consequências da deficiência de ferro na gestação e no pós parto são: insuficiência crônico placentária gerando desenvolvimento anormal da placenta, nutrição deficiente da placenta e do bebe, alteração da função física, aumento da falência cardíaca (e até relato de morte) e risco de morte materna principalmente após o parto (principalmente por hemorragia).
Numa meta-análise de 18 estudo englobando 932.090 gestantes entitulada “The relationship between maternal anemia during pregnancy with preterm birth: a systematic review and meta-analysis” mostrou que:
- anemia na gestação aumentou 56% o risco de parto prematuro.
- Anemia no 1º trimestre aumentou 65% o risco de parto prematuro.
No trabalho “Maternal First Trimester Iron status and its association with obstetric and perinatal outcomes”, 5763 mulheres grávidas foram separadas de acordo com o status de ferro no 1º trimestre:
1) Anemia por deficiência de ferro: ferritina < 30 ng/mL e Hb < 11 g/dL
2) Deficiência de ferro não anêmica: ferritina < 30 ng/mL e Hb ≥ 11 g/dL
3) Adequada em ferro não anêmica: ferritina 30-200 ng/mL e Hb ≥ 11 g/dL
O trabalho concluiu que a anemia por deficiência de ferro foi associada a mais risco de diabetes gestacional (280% mais risco) e a deficiência de ferro não anêmica foi associada a maior risco de natimorto (300% mais risco)
No pós parto a deficiência de ferro pode levar a uma redução da produção de leite, redução do período de lactação, depressão pós parto, instabilidade emocional e alteração da função física. (Iron Deficiency anemia in pregnancy). Um grande problema de se chegar no período de amamentação com uma deficiência muito grande de ferro, é que a reposição de ferro por suplementação torna – se mais difícil, porque aumentam as cólicas no bebe. Por isso, caso a mulher tenha uma anemia muito grande na gestação o ideal é que ela faça a suplementação de ferro por via endovenosa para que ela entre no pós parto com uma reserva de ferro melhor. Por isso que é tão importante tomar suplementação de ferro desde o início da gestação
Para prevenir a deficiência de ferro durante a gravidez, é importante consumir uma dieta rica em alimentos com ferro, como carne vermelha, frango, peixe, ovos, feijão, lentilhas, nozes e sementes. Além disso, os suplementos de ferro são frequentemente recomendados para mulheres grávidas, especialmente se o nível de ferro estiver baixo.
É importante que as mulheres grávidas façam exames de sangue regulares para monitorar seus níveis de ferro e tomar medidas para corrigir a deficiência, se necessário. Além disso, é importante discutir quaisquer preocupações ou sintomas com um profissional de saúde, que pode recomendar testes adicionais ou tratamentos para garantir uma gravidez saudável.
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