A queda da fertilidade cai a partir dos 35 anos, sendo muito mais acentuado a partir dos 37 anos, basicamente pela piora da quantidade e qualidade dos oócitos. Prova disso é que boa parte de mulheres que fazem a fertilização in vitro após os 40 anos com oócitos doados de mulheres abaixo de 35 anos tem taxas de sucesso altíssimas. Eu sei que é chocante falar em envelhecimento de uma mulher de 35 anos, que é uma mulher nova. Porém do ponto de vista de seus oócitos (óvulos) ela não é. Isso porque conforme envelhecemos, vai diminuindo o número de mitocôndrias que tendem a sofrer mais danos e se tornar menos eficientes na produção de energia. Isso ocorre em todo o organismo, mas principalmente nos oócitos.
A mitocôndria também passa a produzir um maior estresse oxidativo, que parece ser uma das principais razões para apresentação de alterações cromossômicas tornando o embrião inviável. Para se ter idéia da importância da mitocôndria na saúde reprodutiva, um oócito e um embrião são dependentes de 100.000 mitocondrias para se desenvolverem desde a ovulação até a fecundação. Esse mau funcionamento da mitocôndria que acontece naturalmente a partir dos 35 anos, também é visto em mulheres com envelhecimento ovariano precoce.
E é ai que entra o papel fundamental da coenzima Q10. Ela exerce uma função dentro da mitocôndria, sendo parte vital da cadeia de transporte de elétrons, produzindo energia. Todos os recursos que a gente possa fazer para estimular a atividade mitocondrial na mulher acima de 35 anos vai ser válido para ajuda – la a engravidar de um bebezinho saudável. Porque não é o óvulo que é diferente na mulher acima de 35 anos e sim a sua capacidade de produzir energia. E outra descoberta muito importante, que vai de encontro com essa menor produção de energia da mitocôndria conforme a idade, é que a concentração de coenzima Q10 no nosso organismo também cai conforme a idade.
A figura abaixo é de um trabalho realizado comparando camundongas idosas com camundongas novas, chamado “Coenzyme Q10 restores oocyte mitochondrial function and fertility during reproductive aging” de Assaf Ben-Meir.
Primeiro o que me chama mais atenção é a fotografia. A primeira imagem de cima para baixo é a fisiologia de um ovário jovem, depois de um ovário envelhecido e por ultimo um ovário envelhecido com uso da coenzima q10, olha como a última imagem já fica mais parecida com um ovário jovem
E ao analisar os gráficos, repare como o número de folículos aumentaram com o uso de coenzima Q10, em comparação com as camundongas idosas que não utilizaram a coenzima Q10. O número de oócitos também aumentou signitivamente. Esse trabalho foi com o uso da coenzima q10 durante 15 semanas.
A coenzima Q10 também é um excelente antioxidante, tendo um efeito antioxidante 5 a 10 vezes maior que a Vitamina E. É usada há algum tempo em cardiologia para melhorar a atividade cardíaca e também ajuda a prevenir a pré-eclâmpsia nas pacientes com gravidez de risco. A coenzima Q10 ainda aumenta o hormônio antimulleriano e trabalhos mostraram que é capaz de reverter os malefícios causados pelo bisfenol A, que é um disruptor endócrino encontrado nos plásticos e associado a infertilidade.
Na alimentação a gente encontra a coenzima Q10 na sardinha, carnes e aves, entretanto estudos demonstram que aumentar a ingestão deles não faz muita diferença para os níveis de coenzima Q10 no nosso organismo. Isso porque teríamos que consumir 1,5 kg de sardinha por dia para obtermos a mesma quantidade de um suplemento em cápsula por exemplo. Nós temos a coenzima Q10 em nossa loja virtual. Clique para visualiza-la, temos nas quantidades de 30 e 90 cápsulas.
Lembrando que qualquer suplementação para fertilidade vai precisar de no mínimo 3 meses, porque o ovulo que você esta produzindo hoje, na verdade o oocito secundário que você esta liberando hoje começou a ser produzido há 3 meses atrás. Então começando hoje, você vai estar cuidando do seu óvulo de 3 meses adiante
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