Se você já passou dos 35 anos e está pensando em engravidar, o exame do hormônio anti-mulleriano é o que vai nos dizer se você tem um número suficientes de óvulos. O hormônio anti-mulleriano ou abreviadamente AMH é um dos melhores marcadores descritos para determinar quantitativamente, a reserva ovariana.

 

Essa reserva significa o “potencial reprodutivo do ovário” que cai com o passar dos anos de forma lenta e gradual até a mulher atingir os 35 anos, aproximadamente. Daí em diante, o ritmo dessa queda é mais rápido até a chegada da menopausa. Cada corpo é único, porém o fator genético é um dos principais que determina qual será o seu ritmo. Sua mãe teve menopausa precoce? Ou sua tia? Acenda o sinal de alerta! Sabe o que mais afeta o AMH? Acredite, o ibuprofeno tomado pela sua mãe durante a gravidez! Saiu um estudo sugerindo que o uso de ibuprofeno na gestante pode prejudicar o anti muleriano dos filhos. Todo cuidado é pouco durante a gestação!

 

O AMH é produzido pelas células da granulosa de folículos antrais e pré-antrais no ovário, que são pequenas bolsas onde o óvulo é armazenado. Como ele é produzido pelos folículos em crescimento ou com potencial de crescimento, é um marcador de reserva ovariana, pois representa indiretamente a quantidade e qualidade dos folículos ainda existentes nos ovários. Quanto mais folículos houver, maiores tendem a ser as dosagens de AMH na mulher.

 

Os níveis de AMH decrescem com a idade da mulher, chegando próximo a zero na menopausa. Níveis bons de AMH são acima de 1,5 ng/ml a 4,0 ng/ml. Mas se uma mulher de 25 anos fizer o exame e der 1,5 ng/ml, esse valor já nos indica que essa mulher vai sofrer um envelhecimento ovariano precoce. Já numa mulher com mais que 35 anos já consideramos bom pelo menos um valor de 1,1 ng/ml. Japonesas costumam ter o AMH mais elevado. Na FIV, um AMH baixo pode representar uma maior dificuldade para obtenção dos óvulos

 

E valores acima de 4,0 ng/ml, são valores excelentes? Não! Valores muito altos de AMH estão associados a Síndrome do Ovário Policístico, ou a aparição de um tumor.

 

Embora seja considerado um dos melhores marcadores da reserva ovariana, ele deve estar associado a dosagem do Hormônio Folículo Estimulante (FSH no terceiro dia do ciclo) e da contagem de folículos antrais por meio da ultrassonografia transvaginal.

 

Como é dosado o hormônio anti-mulleriano?

Através de exame de sangue

 

Qual o melhor período para fazer o exame de hormônio anti-mulleriano?

É melhor fazer esse exame no início do ciclo, entre o terceiro até o oitavo dia do ciclo menstrual. Antigamente os profissionais da saúde diziam que o dia do ciclo não interferia no exame, porém trabalhos recentes mostraram que dependendo do dia, o valor do hormônio anti-mulleriano pode variar em até 11%. Portanto, para se obter um valor mais preciso, é melhor fazer o exame entre o terceiro e o oitavo dia do ciclo.

 

É possível aumentar os meus valores de Anti-Mulleriano?

Sim! Com hábitos de vida saudáveis e suplementação adequada é possível aumentar o AMH, porque investindo nesses fatores você consegue recrutar mais folículos (que já existiam alí!). Então não é que a suplementação e hábitos saudáveis aumentam a reserva ovariana até porque a mulher já nasce com número limitado de folículos. Mas conseguimos “acordar” os folículos que estavam “dormindo”. Alguns suplementos que aumentam o hormônio mulleriano é a coenzima Q10 , a quercetina e a vitamina D

 

O meu convênio não cobre o exame do hormônio anti-mulleriano. Posso realizar outro exame para saber sobre a minha reserva ovariana?

Você pode fazer o exame de FSH também no início do ciclo, porém o melhor é o exame do hormônio anti-mulleriano.

 

Imagem de stefamerpik no Freepik

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